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Canvas Conversas

Utilize o Canvas de Conversas para ajudar a estruturar os elementos de uma conversa que irá facilitar. Veja aqui os campos e suas reflexões e faça o download do Canvas.

Explicação dos campos do Canvas

Veja mais informações de cada um dos campos logo abaixo.

Faça Download do Canvas

Formatos disponíveis:

  • Para impressão
  1. PDF para pequenas impressões
  2. SVG vetorial para impressão
  • Para uso colaborativo online
  1. Google Drawings
  2. Google Jamboard

https://augustocuginotti.com/canvas-conversas-estrategicas/download/

Excel: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1Q_gnYinmTck6oE91QxMxeMlFMbabWLxeuoZPOdc5Hyk/edit?usp=sharing

1. Propósito

Razão de ser desta conversa estratégica. Escolha o porquê da conversa acontecer. Qual o contexto? Onde ela se encaixa no tempo?

No caso de conversas estratégicas, estamos procurando por um dos três propósitos abaixo:

  1. Entendimento Compartilhado
  2. Clarificar ou Desenhar Opções
  3. Tomada de Decisão

Encontros para informar uma decisão, pedir mais informações sobre um tema ou um simples encontro de confraternização são conversas importantes, mas não se definem como momentos estratégicos.

Explore com clareza o porquê desta conversa acontecer e quais são os indicativos de que este é o momento. São vários os indicativos de momento oportuno, como uma urgência percebida pelo coletivo, uma mudança externa que causará impacto a médio prazo ou uma convivência de duas narrativas diferentes em um mesmo ambiente.

Cada conversa deve ser focada em um dos três propósitos. É comum que se tente trabalhar mais de um destes propósitos por encontro. Resista à tentação.

Leia mais sobre Clareza de Propósito.

3. Condições de Contorno

O que já está definido, não pode ser alterado e/ou precisa ser levado em consideração?

Conhecer as condições de contorno, ou seja, aquilo que não pode ser alterado, é um processo que auxilia na criação de todo o resto. Em diversas situações o local já está definido, a data ou um pedaço da agenda. Independente do que estiver na mesa, entenda o porquê frente ao contexto e sempre questione o que pode ser flexibilizado e definitivamente o que pode inviabilizar uma boa conversa

Estas definições prévias não são um impeditivo para conversas importantes acontecerem, mas preste atenção no caso das restrições serem muitas e existir falta de flexibilidade em alterá-las, isso pode ser um indicativo de que não é o momento deste tipo de intervenção. Avalie se uma conversa anterior não deve acontecer.

4. Atores Perspectivas

Quais são as perspectivas que precisam se engajar? Qual a diversidade necessária (funcional, social, psicológica)? Quais são os atores nas bordas do sistema?

Coloque as pessoas que tem interesse em uma questão presente ao redor de uma pergunta poderosa, escolha lugar e tempo próprios e não há mais nada que precise ser feito para uma conversa transformadora acontecer.

Procurar colocar todo o sistema na mesma sala significa explorar quais são as perspectivas sobre o propósito que irão oxigenar a conversa, gerar novas perguntas e novos padrões e definições.

Não conseguimos transformar um sistema de dentro dele, por isso é fundamental olhar para sistemas vizinhos em busca de perspectivas que possam contribuir para uma perspectiva realmente nova. Estes são os atores na borda do sistema, os que não são parte dele, mas que compartilham de algo em comum.

5. Estrutura-Convite

Como o convite mobiliza com clareza os públicos envolvidos? O que precisa estar presente, em que linguagem e por que meios para ser atraente e explicitar o propósito?

A beleza do convite está relacionada com a liberdade que ele gera. Um convite não é um comando, um direcionamento forçado. Aquele que convida genuinamente está pronto a receber aceites e recusas.

Verifique se o convite é genuíno e as pessoas participarão da conversa por interesse próprio. Analise com cuidado os casos onde as pessoas são convocadas a participar. Se se tratar de algumas pessoas, converse com elas pessoalmente e faça o convite ao vivo para entender sua relação com a questão. Se forem muitas, leve em consideração fazer uma outra intervenção antes da conversa estratégica.

Leia mais sobre a Arte do Convite.

6. Estrutura do Flow

Qual narrativa estará presente que conduzirá a conversa? Quais os capítulos desta história, com começo, meio e fim, que será apresentada aos participantes?

Falamos de flow no sentido de um fluxo de significado. Imagine uma narrativa, uma estória bem contada, em que os capítulos bem definidos ajudam o leitor a caminhar pelo desenrolar da trama. Estruture estes capítulos para que logo na chegada ele marque o que será explorado e em que sequência.

Este fluxo sequencial é a matéria prima para a confecção de uma agenda, esta que não necessariamente precisa ser exibida a quem participa. O importante é que o “leitor” esteja acompanhando a estória contada, não o progresso das intervenções e o relógio.

7. Estrutura Espaço

Quais são as características do espaço e sua configuração mais apropriada para esta conversa? Como são os espaços de conversa, arredores, refeições, acomodações, etc?

O espaço e a estrutura ao redor de onde se tem uma conversa importante contém fatores tanto higiênicos, aqueles que só reparamos quando nos falta, quanto fatores de convite a comportamentos. A estrutura convida a comportamentos e neste momento cabe uma reflexão: que tipo de estrutura podemos ter para os comportamentos que queremos convidar?

Imagina uma conversa pouco hierarquizada, mais informal ou que demanda calma e reflexão? Qual o espaço mais convidativo para esse tipo de conversa?

Leia [em inglês] sobre Allow for Unlearning Structures.

8. Linguagem

Qual é o contexto? O que está em jogo? Quais são as perguntas, questionamentos e medos que as pessoas podem carregar? Qual é a linguagem? Como posso me apropriar dela (entrevistas, consultas prévias)?

Nesta etapa queremos nos apropriar da linguagem e do contexto da conversa em si. Talvez a conversa seja próxima a você, talvez esteja vindo de fora. Existem vantagens e desvantagens em ter conhecimento técnico da linguagem a ser utilizada. Independente do caso é importante reconhecer as conversas e questões que podem estar em jogo, as armadilhas emocionais e medos que podem estar presentes, etc.

Este preparo apenas pretende gerar empatia às questões e sensibilidades presentes e capacitar a elaboração de boas perguntas e possíveis intervenções com a linguagem considerada clara por quem participa.

Não se quer ter domínio de conteúdo e muito menos uma pré-definição de posicionamentos ou opiniões.

 

Que quadros estruturantes (frameworks) poderiam ajudar a abrir novas possibilidades de conversa?

Baseado nas conversas, contextos e linguagem, qual estrutura de referência pode convidar a conversas por outros pontos de vista, através de outros modelos mentais ou posições de interesse?

Se está olhando para dentro, uma estrutura para explorar efeitos externos. Se está afundado no problema, um processo para pesquisar as fortalezas e ativos presentes.

Colocar a conversa em uma perspectiva mais ampla e em conexão com outras perspectivas pode gerar a quebra para conversas mais profundas e transformadoras.

9. Resultado

Como estruturar o que vai sendo colhido das conversas de modo a capturar significado a luz do propósito, pergunta e narrativa apresentadas? Que quadro pode entregar um resultado visual e sintético da conversa?

Toda conversa estratégica pressupõe a busca por um resultado. O resultado não é um ponto fixo a ser alcançado, mas uma ou muitas possibilidades delimitadas pelo contexto, propósito e perguntas que foram escolhidas.

O resultado é uma fotografia de um momento de definição onde a conversa implica em um avanço em acordos coletivos. Estes acordos, para serem carregados adiante, devem ser sintéticos e estar apresentados de forma visual clara.

Em alguns casos pode-se imaginar uma estrutura de colheita dos significados que vão sendo compartilhados de antemão, em outros casos esta estrutura fica clara durante a conversa. Seja qual for o caso, não vá embora sem uma apreciação coletiva do significado e clareza compartilhada que foi criada.

10. Próximos Passos

O que precisa ser combinado para os próximos passos? Quem faz o quê e quando?

De forma prática, o que precisamos combinar para dar os próximos passos? Se a data da conversa estiver definida, trabalhe dela para trás e defina o que precisa ser feito e quem pode trabalhar no quê.

Inclua conversas de re-visita ao canvas para checar a conexão entre o que foi inicialmente imaginado e a realidade.

conteúdo de augustocuginotti.com