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Percepção e ação em cultura organizacional

O que é Cultura?

Cultura pode ser definida por um conjunto de combinados e normas explícitas ou implícitas de como devemos nos comportar em um determinado espaço. A adaptação a um ambiente se dá a partir da interpretação pessoal da cultura presente: o que será valorizado? O que será punido? Que reações é possível prever dos demais participantes dessa cultura?

Padrões que se repetem, mesmo que tenham como ponto de partida conclusões distorcidas, regras inventadas ou crenças moldadas de forma inconsciente podem passar a ser cultura.

O que fazer quando a cultura de uma organização atrapalha a consecução de seus objetivos, a realização de seu propósito, o desenvolvimento das pessoas que a compõem?

Cultura é uma questão complexa

Especialistas são as melhores pessoas para resolver problemas do domínio do Simples ou do Complicado – são aqueles problemas que, mesmo difíceis, com soluções repletas de passos, detalhes e checagens que requeiram muita prática, são soluções que se repetem.

Não é o caso dos problemas de cultura, que se localizam no domínio do Complexo. Não importa a quantidade de vezes em que se tenha praticado uma transformação cultural: a próxima vez será diferente e provavelmente única.

Diferentes pessoas interpretam de formas diferentes a cultura de uma organização, e atribuem o status de “problema” a diferentes aspectos dela. A tentativa de impor uma visão, qualquer que ela seja, dificilmente terá sucesso ou trará bons frutos ao processo de transformação coletiva. Especialistas, nesses contextos, farão mais mal do que bem.

Quem não faz parte do problema, não faz parte da solução

Entender o próprio funcionamento e as consequências próximas e distantes que ele produz é o primeiro passo para qualquer mudança cultural. Por meio de conversas com integrantes de todas as partes do sistema, que vivem e cocriam uma determinada cultura, é possível ganhar mais consciência dos impactos das escolhas e decisões que tomamos.

Conversar já é, em si, uma ação de transformação. Ao ganhar uma nova clareza a respeito de algo que gera incômodo, as pessoas inevitavelmente se movimentam no sentido da mudança. Do mesmo modo, a clareza de algo que traga orgulho e bem estar produz movimentos de preservação e intensificação do comportamento gerador.

Em sua abordagem de conversas para transformações culturais a CoCriar promove, além de conversas sobre o presente, outras conversas que exploram as imagens do futuro almejado ou mudanças que se deseja empreender. O que se valoriza de fato, para além do que as ações e hábitos talvez inconscientes permitem inferir?

A busca aqui é por direcionadores que auxiliem nas grandes e pequenas tomadas de decisão que fortalecem a cultura almejada, de forma compartilhada. Incluir a perspectiva das vozes mais frágeis nesse momento, engajando todos os atores no processo de mudança, é de um valor incomensurável. Muito mais do que minimizar resistências, a cocriação de direcionadores cria defensores em todos os níveis hierárquicos, capilarizando os estímulos para a mudança cultural desejada.

E o que mais?

Apenas o ganho de consciência momentâneo e a existência de direcionadores para as tomadas de decisão não são suficientes para realizar uma transformação de Cultura Organizacional. É importante criar uma estrutura conversacional de suporte que permita sustentar os direcionamentos até que eles se tornem parte do sistema.

Esta estrutura inclui conversas e suporte para indivíduos, conversas em fóruns menores responsáveis pela observação periódica dos avanços culturais e conversas de reavaliações e devolutivas sistêmicas.

Em outras palavras

O caminho para a transformação cultural parte do “não saber”. Por meio de conversas, se chega a saberes compartilhados em coletivos que produzem mudanças. Mudar é enfrentar o desconhecido e, portanto, iniciar um novo ciclo de não saber. Por isso a necessidade de novas conversas.

O ciclo recomeça até a plena realização dos objetivos de transformação da Cultura Organizacional. Um caminho único e singular em cada organização.

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