Estamos em constante busca e reflexão sobre como aprimorar os nossos serviços para integrar práticas colaborativas aos processos das organizações.
Hoje queremos compartilhar alguns artigos na mídia, sobre duas abordagens que podem servir de inspiração para aqueles que também buscam aprendizados nessa linha: o Open Space e a Holacracia.
Open Space
Recentemente fomos entrevistados pela equipe do Projeto Draft, um canal de mídia on-line que acompanha inovação disruptiva no Brasil, sobre a metodologia Open Space. Essa é uma das ferramentas de facilitação que utilizamos desde do início dos trabalhos da CoCriar (2008), e que mais intensamente trabalha a capacidade de auto-gestão e auto-organização dos grupos. Apesar de ser uma metodologia para, em princípio, ser usada em eventos pontuais, pode ser uma grande inspiração e influência para novos modelos organizacionais. Seguem alguns trechos do artigo:
“O Open Space Technology (OST) é uma abordagem para encontros de grupos (que podem variar de cinco a duas mil pessoas) que, com um determinado propósito, se auto-organizam dentro de uma estrutura simples, sem hierarquia. O que difere o Open Space da maioria das ferramentas de facilitação e diálogo é que são os próprios participantes que definem o que vai ser conversado dentro do contexto apresentado. (…) Há muitas aplicações. Uma exemplo clássico é o uso em processos de planejamento estratégico para envolver equipes grandes. É uma ferramenta muito útil que consegue o input de todos os participantes (…) Permite o surgimento de ideias novas que normalmente não brotariam em um ambiente controlado. Também gera autonomia e um empoderamento muito grande nas pessoas, que saem muito comprometidas.”
Para ver o artigo na íntegra, acesse:
http://projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-open-space-technology/
Holacracia
A nossa visão e intenção maior na CoCriar é poder levar as práticas colaborativas para o coração da gestão das organizações. Esse tipo de movimento, porém, é muito mais ousado, e consequentemente raro, do que usar esse tipo de abordagem em eventos pontuais – o que é compreensível, já que o risco é muito maior. É preciso coragem para experimentar práticas de administração com abordagens de vanguarda, que questionam valores tradicionais como o comando-e-controle e a hierarquia rígida. Entretanto vemos a integração de modelos mais participativos como uma demanda do nosso tempo, já que as atuais estruturas autocráticas top-down não estão mais conseguindo atender as necessidades de inovação do mercado, e de autonomia das pessoas.
Há alguns anos estamos acompanhando o desdobramento da Holacracia (em inglês Holacracy – www.holacracy.org) em modelo de gestão experimental, que busca justamente atender essas necessidades através de integração da hierarquia aos processos mais democráticos. Inventado por uma pequena empresa de TI do Texas, a Ternary Software, traz inspirações da Teoria Integral de Ken Wilber para tentar criar uma estrutura organizacional mais fluída e dinâmica.
Nas últimas semanas a Holacracia vem recebendo um grande destaque na mídia, com a empresa americana de varejo on-line Zappos (um braço da Amazon) nos holofotes. No início de 2014 a Zappos anunciou a sua intenção de implementar a nova abordagem, sendo a maior empresa até hoje a fazer isso (cerca de 1400 funcionários). Passado um ano e meio, o movimento ousado está em pleno vapor. Ainda é cedo para dizer se foi bem sucedido, ainda há muita controvérsia e perguntas. Mas certamente vale a pena acompanhar o que está acontecendo por lá.
Para uma visão geral do assunto, veja o artigo da Exame (em português):
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/como-a-nova-teoria-de-gestao-da-zappos-dara-adeus-aos-chefes
Se quiser entender em mais detalhes como é a rotina por lá, veja o relato no New York Times (em Inglês):
http://www.nytimes.com/2015/07/19/business/at-zappos-selling-shoes-and-a-vision.html
Boas leituras!